terça-feira, 17 de novembro de 2009

a Era Dunga...

Natural de Ijuí, Carlos Caetano Bledonr Verri, mais conhecido como Dunga, foi nomeado como treinador da Seleção Brasileira de Futebol no dia 24 de julho de 2006. O apelido foi dado pelo tio Claúdio, em referência a um dos Sete Anões, acreditando que "Carlos" não teria uma estatura maior. Pois é, ai está o homem, em uma das posições mais importantes do país, treinador da seleção de futebol mais importante do mundo, responsável por convocar os atletas do país do futebol, sem mais, nem menos e sem delongas. Ao chegar na seleção, críticas de todos os lados, sem piedade e hoje, quem ousa criticar Dunga?
Hoje, 17 de novembro de 2009, Dunga comandou o último amistoso da seleção canarinho no ano e novamente venceu. Ao total, foram 52 jogos, 36 vitórias, 11 empates e apenas cinco derrotas. Campeão da Copa América 2007, Copa das Confederações em 2009 e para completar, classificou o Brasil para Copa do Mundo em primeiro lugar e aos aficcionados pela rivalidade com os "hermanos", selou a vaga no país dos rivais com uma vitória por 3 a 1.
Pois é, sem contestações! Cresci vendo Dunga jogar e sempre fui fã, o homem que tinha liderança, garra e jogava simples. O gaúcho da Seleção Brasileira de Futebol e ai está, na foto ao lado, eu bem pequeno e ele, o homem. Quem diria, o maestro da orquestra que rege o país mais apaixonado pelo esporte mais apaixonante.
Como jogador Dunga sempre chamou a atenção pela liderança em campo. Volante duro na marcação, não hesitava em tentar lançamentos para os companheiros da frente, nem em desferir potentes chutes com a perna direita.
Ficou internacionalmente conhecido quando foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1990 na Itália pela Seleção Brasileira. O técnico Sebastião Lazaroni, querendo transformar o jeito do Brasil jogar, que nas duas Copas anteriores com Telê Santana havia sido acusado de perder por se preocupar apenas em jogar bonito, convocou jogadores mais aguerridos e fortes na marcação. Dentre estes novos jogadores, o que chamou mais atenção foi Dunga. Daí logo a imprensa apelidar a nova filosofia de jogo como sendo próprio da "Era Dunga".
A derrota na Copa e esse rótulo infeliz trouxeram grandes dissabores para o jogador. Mas em 1994 ele retornaria para uma nova chance. E desta vez não decepcionou: com a faixa de capitão ergueu a taça do mundo do Brasil tetracampeão. Diga-se de passagem que além da liderança do time, Dunga fora ainda incumbido de outra espinhosa missão, na qual também se saiu bem: foi o companheiro de quarto de Romário, a fim de segurar na linha o indisciplinado mas indispensável jogador.
Em 1998 Dunga disputou a sua terceira Copa, mas infelizmente não conseguiu repetir a bela atuação da competição anterior, até pode ser pelo fato da seleção ter ido de "salto alto", alias, não faltam histórias sobre a Copa de 98, né? Voltou ao Internacional, "quebrou" a espinha com um drible que levou em um Grenal do "moleque" Ronaldinho Gaúcho e aos poucos foi caindo na real que já estava ultrapassado para carreira de atleta. Apesar das críticas, vencedor é vencedor e Dunga é um vencedor, quando o Inter precisava de sua liderança, o time que está prestes ser rebaixado, Dunga apareceu no meio da área, desviou de cabeça e livrou o time colorado do rebaixamento, típico de um vencedor, de um líder dentro de campo que passa confiança aos companheiros. Parou com a carreira de atleta e quando ninguém esperava, foi chamado para substituir o mito Carlos Alberto Parreira e ai está, começou contra todos e contra tudo e hoje está onde está, tranquilo e sereno. Ao seu lado, Jorginho e um dos melhores preparadores do país, Paixão. Como ele falou na coletiva de imprensa após amistoso contra a Inglaterra, nada adiantará se não buscar o hexa e jogando de sua forma, com seus atletas, Dunga pode provar que de um modo diferente e que sem nenhuma experiência poderá fazer história. Para mim, muito já fez. Boa sorte Dunga, tô contigo!

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