quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Futebol: O esporte que contraria todas as lógicas


Pacaembú lotado, mais de 35 mil torcedores, time descansado contra um adversário já rebaixado no campeonato nacional. Ingredientes perfeitos para uma vitória e classificação para a final da Copa Sul Americana certo? Certo. Só esqueceram de avisar isso ao Góias, que valentemente calou todo o país.

No primeiro tempo, o Palmeiras foi superior, dominou o adversário, e chegou ao seu gol depois de uma bela jogada do volante Edinho, um dos mais lúcidos do time, que deixou o voluntarioso, e nada mais que isso, Luan na cara de Harley para abrir o placar. Quando se parecia que o intervalo viria com a superioridade no placar, veio uma bola alçada e o empate esmeraldino com Carlos Alberto, para preocupação de Felipão e da torcida.

E veio o segundo tempo, Arthur Neto, técnico do Goiás colocou o experiente atacante Felipe para formar um trio ofensivo que deixaria a zaga do Palmeiras de cabelo em pé. Marcos Assunção sumiu, se preocupou demais com o setor defensivo, deixando a armação das jogadas de lado. No decorrer de um jogo tenso, o time do serrado conseguiu o gol da classificação com Ernando, já no final do segundo tempo. Após o gol, ficou nítido o desespero e despreparo de alguns jogadores, como Márcio Araujo, Luan, Gabriel Silva.

O que ficou visível na equipe paulista, é o peso que a maioria dos atletas sentiram nessa semifinal. Esse é o preço que se paga por uma diretoria apostar em jogadores sem um currículo vencedor. Do onze inicial, apenas Edinho, Marcos Assunção, Kleber e Lincon tem algum tipo de conquista relevante na carreira. É verdade que há muitos jogadores experientes no plantel, como Danilo, Márcio Araujo, Dinei, Ewerton e por aí...Mas o que conquistaram no futebol? Nada. Absolutamente nada.

Para o ano que vem, fica a esperança de que o Felipão consiga usar todo seu crédito para que jogadores melhores tenham interesse de jogar no Palmeiras. Caso contrário, pobre torcida alvi verde.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A polêmica continua

Para realizar o sonho de ingressar na Universidade, o Exame Nacional do Ensino Médio surgiu como a proposta de solucionar e propiciar o ensino para muitos. Porém, a realidade é um pouco diferente. As formas de ingresso vêm gerando diversas polêmicas desde o surgimento.

Já que o Victor Canuso retomou as atividades por aqui, resolvi passar rapidinho e deixar um breve comentário. Preferi sair um pouco do esporte, do futebol e me arriscar num assunto importantíssimo para o futuro de muitos jovens no país. Se querem tanto um país próspero buscando ser uma grande potência, a educação é primordial. Erros acontecem, só que, como dizem por aí, repetir o erro é burrice. Sim, foi um erro mínimo, mas que prejudicou muitas pessoas e que gerou uma polêmica interminável. Pior de tudo que vêm recebendo críticas desde o ano passado quando arriscou-se em um sistema online que saia do ar e inclusive, fui prejudicado. Aceitava meu CPF e dava erro no RG. Entrei em contato diversas vezes por e-mail e algumas pelo telefone. Nada foi solucionado.

Pois é, o gabarito da prova deste ano vai ser divulgado até o fim desta sexta-feira (12), de acordo com informação publicada no Twitter pela Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação (MEC). O ministro da pasta, Fernando Haddad, não anunciou nova data para a reaplicação da prova aos estudantes prejudicados com problemas gráficos da prova amarela. No entanto, ele afirmou que não haverá conflito da nova data com outros vestibulares. Segundo o ministro, nenhum estudante será prejudicado.

Haddad deu entrevista na sede do Tribunal Federal Regional da 5ª Região (TRF-5), no Recife (PE), na qual o presidente do órgão, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, suspendeu a decisão da juíza da 7ª Vara Federal do Ceará, que havia suspendido o exame em caráter liminar.

O ministro afirmou que a preocupação agora será identificar de forma minuciosa os estudantes prejudicados que se submeterão à nova prova. "Vamos ter de fazer leitura eletrônica de todas as atas de 113 mil locais, um trabalho difícil, minucioso, que já se iniciou, para podermos identificá-los e reaplicar (a prova)." Segundo Haddad, somente depois deste levantamento se terá o número exato de estudantes nesta situação. Ele disse que os alunos serão avisados.

Haddad também afirmou que a única falha da atual edição do Enem foi "falha gráfica", tanto, segundo ele, que o consórcio responsável (Cespe/Cesgranrio) assumiu a responsabilidade e fará a nova prova sem nenhum custo aos cofres públicos.

Ele observou que em relação ao ano passado "houve melhora em quase tudo". Citou melhoria na segurança, no cronograma, nas inscrições - "Não tivemos problema de inscrições, o site suportou milhões de acessos por minuto" - e destacou que só existiram três problemas de alocação de aluno em sala de aula. "A evolução foi muito grande", avaliou, ao lembrar que, em educação, não há sucesso completo. "Sempre tem espaço para melhorar."

E agora? Qual sua opinião? A minha é clara e sem muita chance de erro: A polêmica continuará...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sociedade Esportiva Luis Felipe Scolari


Fim de jogo em São Jánuário. Vasco e Palmeiras empatam em zero a zero. Há tempos que não se via um jogo tão fraco em todos os aspectos. Mas o pior para o lado palestrino ainda estava por vir, após o jogo, alguns atletas não cumpriram o horário estabelecido pela comissão técnica e chegaram ao final da madrugada, o que desencadeou uma briga entre o treinador Antonio Carlos Zago e o atacante Robert, um dos "atrasados", culminando na demissão dos dois profissionais.

O que isso tem haver com a atual fase do Palmeiras? Tudo, pois depois dessa situação lamentável a grande maioria temia pelo rebaixamento do clube, só que à diretoria resolveu "acordar" e o sangue italiano começou enfim a correr nas veias de Belluzzo e Cia Ltda. O primeiro nome a chegar ao Palestra Itália foi à do ídolo Kleber, antigo sonho da torcida. Veio à parada para a disputa da Copa do Mundo, e os rumores que o clube traria de volta o técnico Luis Felipe Scolari aumentavam, e o que parecia uma utopia se concretizou com o acerto do treinador.

O medo da queda já não existia mais, ora, como iria cair um time que contava com o Felipão no banco? Porem com o passar das rodadas ficava claro que nem o balado técnico daria jeito nas deficiências do time, então lá foi Belluzzo mexer seus pauzinhos, e quem desembarcava na cidade para acertar com o clube? Valdívia. Isso mesmo, o Mago, que se juntando a Felipão, Kleber, Marcos e M. Assunção, formariam um ótimo time na mente dos fanáticos, um bom time e nada mais para os mais lúcidos.

O time seguia aos trancos no campeonato nacional, o risco de rebaixamento não existia mais, porem o time não conseguia sair de uma posição intermediária na tabela. O que faltava para esse time de Felipão engrenar, perguntam-se os torcedores. A resposta veio dia 20/08, na partida de volta da primeira fase da Copa Sul Americana, contra o Vitória. Jogo tenso no Pacaembú, o resultado de 2x0 levava o decisão para os pênaltis, mas com uma cobrança de falta magistral de M. Assunção, aos 43 do 2° tempo, o Palmeiras avançava às oitavas-de-final da competição. Jogo com a cara do treinador, que anos antes se consagrara justamente pelo sucesso em competições nesse formato. Alívio para a torcida. Era a confirmação de que o bom e velho Felipão estava de volta ao lar.

Com o passar dos jogos, o técnico, aliado ao seu fiel escudeiro Murtosa, conseguira dar um padrão de jogo ao time, fazendo inclusive a equipe brigar por uma vaga no G4 do Brasileirão. Na Sul Americana, classificação mole diante do Universitário de Sucre, e a confirmação do confronto contra o Galo mineiro, já pelas quartas-de-final. Com a queda de rendimento no Brasileirão, ficou decidido. Dedicação total ao torneio continental, que também da acesso a Taça Libertadores da América ao campeão, ou seja, time misto no nacional.

No primeiro confronto contra o Atlético, em Minas Gerais, empate em 1x1. Bom resultado, caso não fosse pelo clube mineiro jogar com o time todo reserva, devido ao iminente risco de rebaixamento no Campeonato Nacional. Felipão então convocou sua torcida, assim como fizera 11 anos antes, na campanha vitoriosa da Libertadores. Hoje, no 2° confronto, o que vimos foi um Pacaembu lotado, todo em verde e branco, seja ele esmeralda ou florescente, e um jogo disputadíssimo. Logo no início o craque do time, Valdívia sentiu novamente sua lesão misteriosa, a mesma que já o havia tirado dos cincos últimos jogos.

O time misto do Galo jogava bem, criava chances, só que o Palmeiras tinha M. Assunção, o amuleto de Felipão. Assim como o paraguaio Chiqui Arce, em 99, Assunção era o dono das bolas paradas do time, e foi numa cobrança de escanteio já na metade do 1° tempo que ele estufou a rede atleticana, para delírio dos mais de 30 mil torcedores no estádio. Veio o 2° tempo, e junto uma pressão mineira, que podia não estar com suas estrelas em campo, mas contava com um time de verdadeiros homens, dispostos a vender caro a derrota no prélio.

Depois de mais de meia hora de domínio dos visitantes, que há essas alturas se jogavam ao ataque, o verdão soube aproveitar os espaços, e num rápido contra golpe, o voluntarioso Luan fez mais um, selando assim a classificação para a semi-final.

Disso tudo podemos tirar uma certeza. De que o Palmeiras é um time longe de encantar seu torcedor, mas é uma equipe valente, que tem a cara do seu treinador, que briga com tudo e com todos por seus comandados, e que também consegue tirar o máximo de qualidade de quem simplesmente parece estar num campo de futebol por puro engano. O Palmeiras é sim forte favorito ao título, e a torcida agradece e enaltece ainda mais um tal de Luis Felipe Scolari