terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lambanças do futebol brasileiro


Não é novidade para ninguém que o nível da arbitragem no Brasil é péssimo. Porem o que vimos nesta 34° rodada foi um verdadeiro show de horror do apito nacional.

Na partida entre Botafogo x Coritiba, duas equipes que lutam contra o rebaixamento, o trio de arbitragem comandando por Wilson Pereira Sampaio, validou um gol de Lucio Flávio, que estava claramente impedido. O gol saiu em um momento que o Coxa pressionava o Fogão em busca do empate. Outro lance que os paranaenses reclamam foi uma falta sofrida dentro da área por Thiago Gentil, que o juizão assinalou fora. Com o resultado de 2x0 o Botafogo chega aos mesmos 41 pontos do Coxa, embolando ainda mais a zona da rabeira.

Mas a cereja do bolo dos erros da rodada aconteceu na partida entre Fluminense x Palmeiras, no Maracanã. Era o o jogo do Tricolor tentando consolidar o bom momento na luta contra o rebaixamento, contra o Verdão buscava retomar à liderança perdida para o São Paulo.

O lance polêmico aconteceu aos 28 minutos do primeiro tempo. Após cruzamento na área, Obina subiu mais que a zaga carioca e testou sem chances para o goleiro Rafael. Enquanto o baiano comemorava, o arbitro Fifa, Carlos Eugênio Simon trilava seu apito indicando falta do avante palmeirense sobre seu marcador, para a revolta dos jogadores, torcida e diretoria alviverde.

Fred, o homem gol Tricolor, fez o tento que deu a vitória e aumentou à esperança do Flu de permanecer na elite do futebol brasileiro.

Após o apito final, o gerente de futebol, Toninho Cecílio, aos berros na coletiva dizia que para Simon faltou coragem para validar o gol de Obina. Entre outras coisas, Cecilio pediu uma severa punição ao arbitro. Até ai tudo bem, é a diretoria defendendo o interesse do clube.

Porem o fato mais lamentável disso tudo , veio de quem se menos esperava. Luiz Gonzaga Beluzzo, Presidente do Palmeiras, antes disso, professor universitário, fundador da Unicamp, economista respeitado, eleito um dos cem mais importantes economistas do século XX, ou seja, uma pessoa que esperamos sempre algo positivo. Não foi o que aconteceu dessa vez.

Em entrevista após o jogo, Beluzzo chamou Simon de vigarista, e acusou o arbitro de estar vendido para à partida. Mas para espanto de todos, Beluzzo não parou por aí, disse que caso encontrasse Simon na rua, lhe daria uns bons tapas. Sabemos que falou o lado da emoção no Presidente, o lado torcedor, só que ele ocupando o cargo que ocupa, tem a obrigação de medir suas palavras, justamente para não inflamar a torcida palmeirense a tomar alguma atitude violenta contra o ser humano Simon.

Atitudes como essa de Beluzzo, ou do vice Presidente do Flamego, Marcos Braz, que disse após o jogo contra o Santos, que o arbitro Nileson Nogueira Dias não poderia sair do estádio tranquilamente após ter errado ao marcar dois penaltis para o time paulista, são atitudes que dão aval para o torcedor agir da maneira selvagem que estamos acostumados a ver. Necessitamos de uma reciclagem geral do futebol tupiniquim.

Um comentário:

  1. Nada que não tenha sido discutido ao lado de 3 litros de cerveja... Concordo com suas palavras meu querido... belo texto!

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