quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A torre de Babel palmeirense

Se o empate entre Palmeiras e Sport, ontem à noite no Palestra Itália, não acabou com as chances de o verdão ser campeão, serviu para rebaixar, matematicamente, o Sport. Jogo atípico, como a maioria das partidas que o Palmeiras protagonizou até agora na reta final do campeonato. Diante de 17 mil palmeirenses, seria o jogo para lavar a alma, golear, inflar o ego e fazer saldo, contra o pior time do campeonato, o rebaixado e desfalcado Sport. Mas, dentro de campo, o que se viu foi um Palmeiras obsoleto, de futebol sem graça.

O Palmeiras da bola na área, consagrador de goleiros e zagueiros, Palmeiras do desespero depois dos 40, Palmeiras de jogo feio e sem criatividade. Foi esse Palmeiras que entrou em campo ontem e, como não poderia deixar de ser, acabou salvo por um bate-rebate dentro da área que terminou com a finalização de Danilo. Novamente, como já havia acontecido contra Avaí e Corinthians, o Palmeiras buscou o empate na base do desespero, sem nenhuma organização tática.

Finalização de alívio, em meio à lambança do árbitro, que tornou questionável um gol absolutamente legal. Fruto, ainda, do espetáculo protagonizado por Belluzzo, que, a partir de domingo, colocou um fardo de toneladas nas costas de qualquer árbitro brasileiro que apite um jogo do Palmeiras. Alheio à tudo isso, Danilo estufou a rede, com raiva, e mal comemorou, enquanto os jogadores do Palmeiras voltavam correndo desordenadamente para o meiocampo, um retrato decadente do futebol palmeirense.

A menos que São Paulo, Flamengo e Atlético sejam aturdidos por uma crise de pequenez técnica, o Palmeiras está fora da disputa pelo título. Não tem time para ser campeão. Não agora. Edmilson não se acerta, não acerta. Pierre volta, mas com Cleiton Xavier de fora, as opções de armação recaem sobre Diego Souza. Logo ele, que voltou a mostrar o futebol que havia mostrado na Libertadores: apagado, escondido e sem personalidade. O Palmeiras deu sorte para o azar. Nos últimos oito jogos venceu apenas um. E, no geral, não convenceu.

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